Autismo: a luta constante por dignidade
Uma história de vida e superação. Uma escada cujos degraus possuem tamanhos diferentes, impondo dificuldades variadas para quem sobe por ela. Esse percurso não é voluntário e tampouco desejado pelas famílias que se veem perante a situação pouco explorada pelos meios de comunicação e que ainda apresenta incógnitas para a ciência, mas sentida por Marlete Grando. Em um diagnóstico, tranforma-se a vida de uma criança e uma família. Felizmente, já se pode mudá-las para melhor.
Marlete, há 22 anos, descobriu que seu filho possuía uma doença desconhecia pela maioria da população, o autismo. Em busca de um tratamento diferenciado e de qualidade, criou o Centro de Desenvolvimento Vida (CDV), hoje Associação Atitude e Vida, em Fraiburgo, por meio da condição de vida do filho. “Sem a Associação, meu filho só teria o tratamento adequado em Curitiba, mas me recusei a aceitar esse tipo de proposta. Queria que o Pedro e as outras crianças como ele tivessem atendimento e acompanhamento de qualidade aqui em Fraiburgo, sem precisar mudar radicalmente a vida da família”, conta. O projeto cresceu e atende mais crianças e jovens com essa síndrome devido à procura pelo atendimento e a ajuda financeira estatal.
O Autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro que surgem, antes, durante ou logo após o nascimento. A doença é perceptível nos primeiro anos de vida da criança e compromete as habilidades de comunicação e interação social.
A entidade tem como fim, desenvolver cada aluno autista individualmente, pois cada pessoa tem a sua necessidade e o grau da doença diferente. Com isso, as pedagogas trabalham métodos específicos diante de cada criança ou adulto. Normalmente, os educandos já chegam à Associação com seu próprio diagnóstico, pelo fato de já terem passado por médicos e escolas que não estavam aptas para cuidar deles na situação em que se apresentaram. Nela, são trabalhados os lados físicos e pedagógicos de cada criança, que muitas vezes consegue participar do ensino regular, tendo o acompanhamento necessário. Essa é uma forma de inclusão social para os alunos que tem condições de ficar em sala, enquanto para aqueles que não podem viver tal experiência, é feita uma socialização diferenciada juntamente com o terapeuta. “Nossos alunos não são feitos em série”, diz Marlete.
Leia a matéria na integra - Revista Êxito - 69ª edição - página 55
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