22/08/2014

Revista Êxito - 63ª edição

Sobre as divisões

Toca o telefone enquanto escrevo. As palavras me escorrem pelas mãos e pela boca enquanto entram outras pelo ouvido e pelos olhos fixos na tela do computador em busca de uma informação qualquer. Desligar o telefone não faz diferença nesse mundo multitarefas em que sobrevive quem melhor se adapta a fazer tudo ao mesmo tempo. Ou quem melhor se adapta a um mundo em que até a urgência é passageira. Evaporam as necessidades e soluções acompanhando o tiquetaquear frenético do relógio que parece ditar, inclusive, o tempo do meu pulso enquanto toca o telefone e continuo escrevendo e as palavras escorrem.
E se nem tempo e pulsos são estáticos, pelo contrário, posto que aceleram e reduzem de acordo com cada situação, nós também não o somos. Drummond previra um “tempo de divisas, tempo de gente cortada”. Cortados aos pedaços de gente para se adaptar a um mundo em que é preciso ser um pouco de tudo e de tudo um pouco. Sobrevivemos nas divisas, mas alcançamos o êxito na unidade. Completamo-nos no coletivo conscientes que estamos das necessidades de quem nos cerca e de nossas próprias potencialidades e defeitos. Identificá-las pode ser uma tarefa fácil. Supri-las é o desafio dos guerreiros da contemporaneidade.
Em busca de transformar as urgências e necessidades dos demais em uma oportunidade de crescimento, a Êxito apresenta uma edição tratando das Empresas que geram Empresas. Nela, você encontrará um importante panorama da indústria regional no âmbito da educação dos trabalhadores, um exemplo real de desenvolvimento e um convite para caminhar de mãos dadas mesmo em tempos de divisas.
As divisas continuam, resta saber o que você vai fazer com elas.

Boa leitura


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