16/12/2013
Edição 59 - Idas e vindas
O que aconteceria se nós investíssemos no desenvolvimento dos nossos funcionários e então eles deixassem a nossa empresa? Se você já ouviu essa pergunta dentro do seu trabalho, cuidado. Passou da hora de rever sua forma de gestão. Afinal, em plena era do conhecimento não podemos nos dar ao luxo de perder profissionais que buscam crescimento. E sabemos disso. Falamos sobre isso. Mas nem sempre conseguimos transferir o discurso para a ação e nos sabotamos com perguntas como a do início desse parágrafo.
Já que estamos em um tempo propício à reflexão, convido você, leitor, a olhar para o quadro de funcionários da sua empresa e lembrar quantos colaboradores foram perdidos porque não viam na sua estrutura uma possibilidade de voar. Quantos deles eram jovens parecidos com essa galera que estampa nossa capa? Eles representam uma geração busca uma nova forma de comprar e vender em todas as esferas – até na trabalhista. Vender sua mão de obra, para eles, deve vir acompanhado da possibilidade de dar um grande salto. Eles não querem empresas que sejam pontes; querem plataformas que os inspirem a saltar sem medo, se jogar, alçar voo, cair, levantar e buscar o sucesso por seu próprio mérito. Acontece que nossas empresas, por mais abertas que sejam, ainda não são assim ou não o são na intensidade que essa geração deseja.
Parecemos não ter compreendido que já não falamos mais de workaholics. Falamos de seres humanos que têm desejos claros e não abrem mão deles. Falamos de jovens que serão eternamente jovens porque sua vida não tem sentido no marasmo. Eles são o veneno antimonotonia que precisamos reter em nossas organizações. Afinal, cabe a eles – e não a nós – inventar o futuro.
Por isso tratamos deles e das suas expectativas para a indústria, varejo e marketing em nossa matéria de capa. Preste atenção no que esses jovens dizem e na impressão que os outros profissionais têm deles. Você pode se surpreender e identificar nichos de mercados a serem explorados nos próximos anos. E aproveite a oportunidade para inverter aquela pergunta lá do início. Quando for se questionar sobre o desenvolvimento de seus funcionários, pergunte: e se não investirmos e eles ficarem?
Boa leitura e boas festas