16/12/2016

Colunista - Bianor Paulo Giordani - A visão espíritra sobre o emprego das células–tronco

A visão espíritra sobre o emprego das células–tronco
Por. Bianor Paulo Giordani


O posicionamento espírita sobre o emprego de células tronco é único, por compreender definitivamente onde começa a vida. No que se refere às células-tronco, precisamos dizer que são indiferenciadas, por serem capazes de gerar qualquer outras células. Há dois tipos de células-troncos: a embrionária e a adulta. A célula tronco embrionária (CTE) é retirada de embriões no início do seu desenvolvimento; e a célula-tronco adulta (CTA), pode ser obtida do cordão umbilical, da medula óssea, ou de outros tecidos do corpo. As CTEs, estão presentes no embrião do quinto ao décimo quinto dia de vida, ou seja, nos primeiros 15 dias depois da fecundação e para retirá-las será necessário destruir o embrião. Na visão espírita, conforme explica Alan Kardec em O Livro dos Espíritos, a ligação do espírito com a matéria se dá no momento da concepção, isso é, no momento em que o gameta masculino se une ao feminino. Kardec também afirma em A Gênese (Cap.XI) que a ligação do espírito com o embrião, se dá de forma irresistível.
Tenho recebido informações espirituais que no momento em que o espírito é determinado para viver em um embrião, mesmo o embrião sendo congelado por muitos anos, o espírito aguarda no plano espiritual o tempo necessário, já que por ser eterno, não computará o tempo de espera. Contando oito semanas a partir do dia em que o embrião for descongelado, o tubo neural oportunizará a entrada do espírito no embrião. No caso do congelamento do embrião, assim que este for descongelado e implantado no útero materno, o espírito se desloca instantaneamente e passa a circundar a mãe para energeticamente comandar a construção da fisiologia, onde as cadeias de DNA já trazem geneticamente seus desejos fisiológicos.
Há no Brasil uma quantidade excedente, muito grande de embriões congelados e são esses embriões que a ciência quer usar para retirar as células-troncos embrionárias para a regeneração e cura de diversas doenças.
A espiritualidade é a favor das pesquisas, mas contra o uso da CTE pois estaríamos destruindo uma vida, um planejamento, um sonho de um espírito, o que não difere de fazer um aborto. Entretanto a espiritualidade é completamente a favor das CTAs, que já existem nos tecidos do corpo, por esse motivo não precisam destruir embriões, não causam rejeições e já demonstraram grande eficácia terapêutica, conforme foi comprovado pela ciência, principalmente no Brasil, que é um dos pioneiros no emprego das CTAs. Pode-se destacar os trabalhos científicos já publicados pelo Dr. Hans Dohmman e o biólogo Radovan Borojevic, no Rio de Janeiro, e o Dr Ricardo Ribeiro dos Santos, na Bahia, tratando de casos graves de insuficiência cardíaca com bons resultados.
Conforme cita em entrevista para a Federação Espírita, Marlene Rossi Nobre, presidente da associação Médico-Espírita do Brasil, as clínicas de reprodução deverão ser fiscalizadas muito de perto, para coibir a excedência de embriões. A ANVISA já exige cadastramento de todos os embriões, que não poderão ser jogados no lixo, uma vez que o ato incidiria em crime contra a vida. A prova de que existe vida nele, está nas fecundações de Vinicius Duarte de São Paulo, que antes que ir para o conforto do útero materno, passou oito anos congelado em tanque de nitrogênio líquido (Folha de SP, 9/3/2008). O mesmo aconteceu com a menina Laila Beasley, norte-americana nascida em 2005 e congelada por 13 anos, o que nos prova que o congelamento não destrói a vida, apenas a conserva para que o espírito a retome no momento do descongelamento.
Marlene cita em sua entrevista, que a medicina tem encontrado bons resultados com o emprego das CTAs, e que a medicina vai além, ao produzir CTEs a partir de células adultas. Duas equipes conseguiram esse efeito a partir de fibroplastos (células de músculos) uma delas da universidade de Wiscosin-Madison, dos Estados Unidos, produzida por James Thomson; e a outra da universidade de Kioto, no Japão, chefiada por Shynia Yamanaka. Também cita, que as CTEs, são bastante instáveis, difíceis de serem cultivadas em laboratório e quando implantadas em animais de experimentação, tem dado um alto índice de rejeição e de câncer o que levaria uma pessoa que fosse tratada com as CTEs, ter que tomar imunodepressores pelo resto da vida para evitar rejeição. Com o uso das CTAs isso não ocorre, por serem retiradas dos tecidos do próprio paciente. Diz Marlene, que a destruição de embriões só para as pesquisas chegaria a um número aproximado de 400 mil e que ainda implicaria numa gravidade ainda maior por terem que, no cultivo in vitro das CTEs, serem envolvidas por finíssima camada de tecidos retirados dos fetos vivos de qualquer estágio, chamadas Feeder Layers e que são produzidas no exterior e vendidas no mercado, afrontando mais ainda a vida e as leis de Deus.
Por tudo isso, o espiritismo é contra essas práticas, que a própria ciência comprova não serem viáveis. Se os constituições governamentais no mundo aprovarem essas pesquisas, caberá aos governantes tomarem ciência das leis karmicas geradas nessas aprovações, que ocasionarão num futuro, novos problemas físicos não solucionáveis por nenhuma destas pesquisas, o que incidirá, na minha opinião particular, num possível karma irreversível.

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