Sobre o abrir e o fechar

Quem virá bater à porta? A pergunta escapa dos lábios do poeta enquanto o mundo lhe espera do outro lado da porta do ser. Cruzá-la é também ultrapassar a si mesmo, romper os limites do lar, do conhecido, do esperado, para adentrar em um infinito de possibilidades e perspectivas. Quem abre a porta, dá início à dança cósmica do abrir e fechar – da potência e do silêncio.
Mas há um meio termo entre o abrir e o fechar. É uma imagem poética do espaço que se desenha perante o observador. É o entreaberto, ou a magia da possibilidade que se forma em um ambiente repleto de presenças. É o gosto agridoce da incerteza, o frio na barriga perante uma novidade que pode ser surpreendente. É o desejo de que a surpresa seja benéfica e não dolorosa. O entreaberto é a vontade de ultrapassar os limites, conquistando os planos do aberto e do fechado já que são raras as ocasiões da vida em que as escolhas se resumem a opções tão dicotômicas.
Escrever uma edição nova a cada dois meses, mostrando novos olhares sob o cotidiano e estimulando a reflexão crítica é uma busca constante pelo entreaberto, pelas novas nuances do dia a dia. Nesta edição, apresentamos a você um novo olhar sobre a construção civil no cenário do Meio-Oeste, além das importantes informações de nossos anunciantes. São pessoas que partilham da nossa busca, poetas do cotidiano, incansáveis guerreiros do entreaberto.

Boa leitura

Leia mais - http://migre.me/mofmc